Balanço patrimonial: o que é e como fazê-lo

Balanço patrimonial: o que é e como fazê-lo

Documento mais importante da contabilidade, o balanço patrimonial reúne as entradas e saídas de uma empresa e viabiliza a dedução de tributos importantes, em diversos sistemas de taxação das atividades comerciais.

 

O primeiro entre os vários relatórios da análise financeira, usualmente realizada ao final do exercício, isto é, do ano de operações corporativas, o balanço patrimonial é um documento relativamente simples, que pode ser analisado por qualquer pessoa.

 

Sua realização, no entanto, pode complicar-se diante da quantidade de transações monetárias que devem ser inseridas de modo correto na tabela. Nesse artigo, conheça a metodologia por trás dessa indispensável ferramenta.

Para quem se faz o balanço patrimonial?

Os balanços patrimoniais são tabelas que dividem as operações de uma empresa em entradas e saídas, denominadas como ativos e passivos. Um terceiro elemento é o patrimônio líquido, capital levantado via investimento e não por geração de receita.

 

Na esfera mensal, os balanços patrimoniais são adaptados como balancetes, feitos para controlar e organizar entradas e saídas do caixa de uma empresa de cursos online. A análise anual, da qual nasce esse termo, confere uma visão mais global da organização.

 

O balanço patrimonial serve aos interesses de investidores, sócios e gestores do negócio, utilizado para finalidades distintas por ambos esses grupos. A forma de execução e transparência varia de acordo com a modalidade da empresa.

1 – Investidores

Os investidores são todos aqueles que cedem valores em dinheiro para o financiamento das operações de uma instituição, recebendo em troca juros referentes aos lucros conquistados ao final do exercício mensal ou anual.

 

A presença de investidores no patrimônio líquido de uma empresa torna-se possível através das sociedades, um modelo de empresa de médio a grande porte, com possibilidade de ser considerada limitada ou anônima, sendo de capital fechado ou aberto.

 

Segundo a legislação nacional, as sociedades limitadas devem apresentar, no documento de abertura da empresa, um número definido de acionistas investidores, bem como a quantia a ser investida e a porcentagem das ações que cabem a cada um.

 

Fatores como a remuneração e a fiscalização administrativa são definidos no estatuto, como um primeiro emplacamento de moto, com um nível de autonomia maior para o fundador do negócio, sendo este o acionista majoritário e CEO da organização.

 

Isso porque a quantidade de órgãos anexos, nesses casos, é menor, permitindo a escolha de diretores e fiscalizadores de acordo com critérios particulares da companhia. As demonstrações contábeis são disponibilizadas apenas ao grupo definido de sócios.

 

A sociedade anônima, por outro lado, viabiliza a inserção de novos acionistas no decorrer das atividades corporativas, além da opção de abrir capital na Bolsa de Valores. Por essas novas opções, órgãos de fiscalização internos apresentam regras mais rígidas.

 

Além da Assembleia Geral, formada por todos os acionistas de uma sociedade anônima, o Conselho Fiscal é outra organização obrigatória para empresas que fazem parte desta categoria, como uma rede de produção de cosmeticos profissionais.

 

O balanço patrimonial deve ser divulgado publicamente por todas as sociedades anônimas de capital aberto e fechado, especialmente para aquelas que são abertas, uma vez que o número de investidores é alto.

 

Esses investidores, a partir das informações contidas no documento, podem decidir se a empresa permanece financeiramente saudável, se há perspectivas de futuro ou se devem vender suas ações, retirando-se do rol de financiadores do negócio.

 

Para avaliar o real estado financeiro de uma empresa, um dos mecanismos mais utilizados por investidores é análise vertical, onde o balanço patrimonial e o Demonstrativo de Resultado do Exercício tem seus valores transformados em porcentagem.

 

A DRE é um item da contabilidade que parte das informações contidas no balanço. Na prática, o somatório de entradas totais de uma empresa são transformados em 100% e as gradativas saídas, com porcentagens deduzidas por entradas completas.

2 – Gestores

Para os gestores, o balanço patrimonial representa uma posição mais ativa e mais próxima dos contadores, profissionais responsáveis pela estruturação deste documento.

 

A partir dele, definem-se as despesas do próximo ano e outros dados, como:

 

  • Curva de aumento ou redução do endividamento;
  • Margem de lucro;
  • Retorno sobre o Investimento (ROI);
  • Rentabilidade das ações (Dividend yield).

 

Uma campanha que atinge diferentes departamentos de um curso profissionalizante de teatro pode ser avaliada, em termos de desempenho, com a análise do balanço patrimonial do período de atuação do projeto. Outro fator importante é a dedução de impostos.

 

Sociedades estão incluídas em um sistema de tributação mais complexo em relação a outros regimes, como o Simples Nacional. Ao invés de uma tarifa fixa, os tributos são deduzidos a partir do lucro de cada exercício.

 

Portanto, para evitar problemas com o Fisco ou ser lesado ao pagar um imposto mais elevado, a execução dos balanços patrimoniais é imprescindível. Para os gestores, o controle da contabilidade pode trazer benefícios como melhorias na alocação de recursos.

 

Como um valor escasso, os recursos monetários devem ser investidos de maneira correta para evitar desperdícios que podem minar a saúde da empresa, a longo prazo. Este documento fará uma análise que permite a identificação de gargalos no orçamento.

 

Equipamentos defasados ou excessivamente caros, empréstimos que estrangulam o capital de giro da empresa, reserva de emergência insuficiente ou prejuízos na venda dos itens de estoque são alguns dos problemas que podem ser rapidamente identificados.

 

Com uma identificação mais precisa, o gestor possui mais armas para atacar a questão, além de um conhecimento mais profundo sobre a organização que lidera, o que se traduz em uma alocação assertiva de recursos nos exercícios seguintes.

 

Já a depreciação é a consequência da passagem do tempo para algum produto. Cada equipamento adquirido, seja um item durável ou não-durável, está sujeito à crescente desvalorização conforme envelhece.

 

Manutenções e trocas são alguns dos sinais físicos de depreciação, mas o balanço patrimonial permite o cálculo preciso do que isso significa, caso um bem imobilizado deva ser vendido para quitar dívidas ou aumentar a liquidez da organização.

Estrutura do balanço patrimonial

Como demonstrado, o balanço patrimonial é um documento que observa as finanças de uma loja de persiana romana sala, por exemplo, sob a definição de entradas e saídas. Assumindo o formato de tabela, esse conceito é expresso nas categorias:

Ativos

Os ativos são entradas para uma empresa. Trata-se de tudo aquilo que pode ser transformado em dinheiro, em financiamento. Os valores de cada item são postos separadamente e somados no total de ativos.

 

O profissional responsável pela contabilidade vai levantar todas as informações referentes às entradas de uma empresa qualquer, como uma fornecedora de lousa para restaurantes, catalogá-las e separá-las em dois grandes grupos:

Ativos circulantes

Os ativos circulantes são todos os bens e entradas que podem ser convertidos em dinheiro a curto prazo, em até 12 meses ou o final estipulado do exercício. São estas algumas categorias que podem ilustrar o que são esse perfil de ativo:

 

  • Contas a receber;
  • Estoques;
  • Caixa;
  • Taxas a receber (aluguéis, empréstimos).

 

Os ativos circulantes são os grandes responsáveis pela manutenção da liquidez de uma rede de serviços de instalação de cortina blackout. Além de impedir o esgotamento de reservas, o crescimento desta categoria de ativos é um excelente indicativo econômico.

Ativos não-circulantes

No caso dos ativos não-circulantes, são bens que podem ser transformados em dinheiro e, por isso, são entradas que só podem converter-se em renda líquida em um prazo superior a 12 meses ou ao final do exercício. São exemplos de ativo não-circulante:

 

  • Imobilizados (bens duráveis essenciais, não podem ser vendidos);
  • Investimentos de longo prazo (títulos pré-fixados, debêntures, LCAs);
  • Intangíveis (bens de valor econômico, não físicos – softwares);
  • Taxas realizáveis a longo prazo.

 

Muitos dos ativos não-circulantes são elementos que não podem ser desfeitos pela empresa, uma vez que são fundamentais para a execução de suas atividades. São esses os elementos mais expostos à depreciação.

Passivos

Enquanto os ativos são as entradas, os passivos são as saídas. Dizem respeito a toda dívida que precisa ser paga, todo o dinheiro que sai do caixa ou das reservas da empresa para a quitação de algum compromisso.

Passivos circulantes

Os passivos circulantes são divididos sob a mesma lógica que os ativos. Dívidas que podem ser contempladas em um prazo inferior a 12 meses ou ao final do exercício, como uma locação de sala comercial por hora. São alguns exemplos:

 

  • Salários;
  • Empréstimos e aluguéis;
  • Impostos;
  • Dividendos a acionistas.

 

Pagamentos a fornecedores e parceiros, com o objetivo de suprir demandas pontuais ou frequentes são incluídos no passivo circulante. Os valores também são somados e reunidos no total do passivo circulante.

Passivos não-circulantes

Os passivos não-circulantes são aqueles que serão quitados em um prazo superior a 12 meses ou ao final do exercício, e representam os principais indicativos de endividamento.

Patrimônio líquido

Essa terceira categoria diz respeito às entradas que não são provenientes de receita gerada pela empresa, mas de investimento externo de acionistas e fundadores.

 

Une-se ao ativo circulante como fonte de financiamento das operações corporativas.

Conclusão

O balanço patrimonial é um elemento-chave para a contabilidade de qualquer empresa. Investir na realização e análise desse documento é uma responsabilidade intransponível da organização.

 

Com dados que abrangem todos os bens de uma instituição, o balanço patrimonial oferece uma visão completa do que deve ser feito e como determinados investimentos podem afetar toda a dinâmica de um empreendimento.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


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