O maior ativo existente hoje no mundo da internet são os dados. Por isso, é muito importante que as transações sejam protegidas, especialmente nas instituições financeiras. As informações pessoais e financeiras dos usuários precisam ser monitoradas e preservadas.
A cibersegurança, ou segurança on-line, consiste em um conjunto de práticas para proteger as informações e os dados dos usuários. Esse campo de atuação vem crescendo em importância e ganhou bastante popularidade, principalmente depois do isolamento social na pandemia.
No Brasil, à medida que crescem as soluções financeiras disponibilizadas pelos bancos digitais, crescem as tecnologias voltadas para a cibersegurança. Mesmo sendo uma área pioneira nesse ramo, ainda existe muito a ser feito. O Relatório de Ameaças Cibernéticas realizado pela SonicWall, em 2022, listou o Brasil entre os dez países que mais receberam ataques contra a segurança virtual.
Perigos de ataques cibernéticos em instituições financeiras
Os bancos são os principais alvos de ataque por concentrarem informações e dados valiosos de inúmeros clientes e informações financeiras, como as carteiras de criptomoedas, de outros ativos e as transferências. Além disso, com a criação de algumas soluções financeiras para facilitar as transações, como Pix e Open Banking, o risco tem aumentado.
Quais os principais tipos de ataques contra instituições financeiras?
Os métodos usados pelos hackers são vários. Mas o mais comum é o phishing, um link falso enviado por meio de um e-mail, que muitas vezes copia o próprio modelo usado pela instituição. Quando a pessoa clica, o vírus é inserido e as informações são acessadas indevidamente.
Outro meio muito comum é o ransomware, um software malicioso que bloqueia todo o sistema e a base de dados da empresa. O único meio para desbloqueá-lo é usando uma chave matemática que só o hacker possui e poderá disponibilizar após o pagamento do resgate.
Como lidar com ataques cibernéticos?
Primeiramente, é preciso que essas instituições invistam pesadamente na detecção e monitoramento de ameaças. Isso permite descobrir lacunas nos sistemas de segurança e se adiantar aos ataques. Independentemente de a empresa já ter sofrido ou não com violações, os aplicativos e sites devem ser monitorados.
Investir em fortalecer o setor de TI, estabelecendo tecnologias e protocolos de segurança para se adiantar aos ataques é cada vez mais importante. Além disso, é preciso que a empresa tenha um plano com etapas bem definidas em caso de violações, para saber como responder ao incidente e reparar os danos. Também citamos, a seguir, algumas dicas para potencializar a segurança.
Rotinas de proteção
Consistem em usar ferramentas de tecnologia para criar uma barreira de proteção. É realizada a instalação de firewalls, antivírus, antimalwares e serviços de computação em nuvem. Estes últimos são indispensáveis para controlar os acessos, arquivos e dados contra ataques cibernéticos.
Plataformas de segurança on-line
A instituição poderá criar camadas de proteção por meio de verificações on-line. Elas aumentam a confiabilidade das transações realizadas pelo computador ou pelo celular. São exemplos, entre outros, a verificação por SMS, por QR Code, a solicitação de senhas e a validação por e-mail.
Reconhecimento por meio de dispositivos tecnológicos
Esse recurso usa dispositivos para reconhecimento de pessoas ou empresas. Uma das ferramentas usadas é a criptografia por certificação digital, ideal para altos fluxos de dados e informações sigilosas. Outro meio é utilizar os Certificados de Segurança On-line, que contribuem para tornar o ambiente mais seguro.
No ambiente on-line, os hackers monitoram constantemente a vulnerabilidade do sistema bancário para explorá-lo de forma mais rápida que as atualizações. Além disso, os ataques cibernéticos resultam não apenas em perdas financeiras homéricas. Eles também prejudicam a reputação e a confiança dos clientes.
Por isso, a gestão de risco e o investimento em tecnologias avançadas devem ser constantes nessa área. O setor de tecnologia se encontra em uma corrida contra o tempo para lançar novos dispositivos de tecnologia, a fim de avaliar e monitorar pontos de vulnerabilidade no sistema.
Um dos recursos que têm sido implementados é a quantificação dos graus de ameaça nos ambientes interno e externo de uma corporação. Com esse procedimento, é possível usar modelagem estatística para adaptar o sistema conforme a necessidade. Além disso, é possível visualizar e monitorar o histórico de violações, registros de IP, camadas de aplicativos e a rede de forma contínua.