Metade dos brasileiros busca meios de complementar a renda

Homem mexe no celular e no notebook

Redes sociais e plataformas digitais têm se revelado como meios para alcançar esse dinheiro extra

A alta na inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revela o que o brasileiro tem sentido no bolso: aumento dos preços, especialmente em itens de alimentação, transporte e saúde.

Uma alternativa para tal quadro é a busca por meios que ajudem a complementar a renda no final do mês. Isso inclui desde os famosos bicos até a adesão ao universo digital para venda de produtos e serviços — sem falar dos chamados influenciadores digitais que ensinam como ganhar dinheiro na internet.

Em um cenário de incertezas como esse, em que o corte de despesas não é suficiente para estabilizar os gastos, a opção pelo microempreendedorismo tem se mostrado bastante interessante. O diferencial, nesse caso, é o uso massivo das redes sociais e plataformas digitais.

Busca por renda extra é realidade de muitos

Uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data, realizada em junho com mil pessoas, revelou que 48% dos entrevistados têm buscado algum tipo de renda extra para encarar as contas do mês. 45% percebeu uma queda em seus ganhos e 24% disseram ter reduzido gastos para lidar com o quadro atual.

Tal realidade é confirmada também pelo levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis, realizado em todo o Brasil em 2021. Cerca de 76 milhões de pessoas, o equivalente a 45% dos brasileiros, precisaram recorrer a alguma fonte de renda extra para tentar fechar as contas do mês.

Ainda segundo o levantamento, a solução encontrada foi a prestação de serviços. O bico de serviços gerais (manutenção e faxina, por exemplo) foi a opção para 13% dos entrevistados; seguido de produção de alimentos em casa para venda, 8%; venda de roupas usadas, 6%; e serviços de beleza, para 5% dos entrevistados.

A opção pela venda de itens derivados de trabalho manual, como bijuterias e artesanato, também englobou 5% dos entrevistados; além de 4% que preferiram optar pelo serviço de motorista de aplicativo e de cuidador de idosos ou crianças.

Redes sociais tornam-se alternativas rentáveis

Nesse complexo cenário brasileiro, o uso das redes sociais e plataformas digitais tem se mostrado de grande ajuda para quem decide oferecer os seus serviços de maneira independente. 

Um levantamento realizado pela Nielsen/Hootsuite, em parceria com a We Are Social, mostra que o Brasil tem por volta de 500 mil influenciadores digitais com mais de 10 mil seguidores. Segundo especialistas no tema, isso pode indicar renda para muitas dessas pessoas.

Não à toa, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criou, ainda no ano de 2021, um guia voltado para quem deseja conseguir renda extra através da internet. Nele, é possível encontrar algumas ideias de alternativas rentáveis, como venda de fotos profissionais, redação de textos e loja virtual.

Brasil, o país dos influenciadores digitais

Vale dizer também que, atualmente, o Brasil já pode ser considerado o país dos influenciadores digitais (ou influencers, em inglês). São pessoas de diversos segmentos que conseguem “seduzir” multidões por meio de vídeos, fotos e dicas sobre as mais diversas realidades possíveis.

O número de influenciadores consegue superar, por exemplo, o total de arquitetos (212 mil), dentistas (374 mil), engenheiros civis (450 mil) e praticamente fica empatado com o total de médicos no Brasil (502 mil). Isso revela que o universo digital tem se concretizado como via legítima para ganhar dinheiro.

Se considerarmos o número de influencers com mais de mil seguidores, o número dá um salto ainda maior, chegando aos 13 milhões — o que equivale a 6% da população do nosso país. Ainda de acordo com o levantamento da Nielsen/Hootsuite e We Are Social, somos o segundo país que mais segue influenciadores no mundo.


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